quarta-feira, 25 de julho de 2012

E o velho coração nos prega peças....


.Estranho como nos apegamos a coisas e principalmente às pessoas. No vai e vem da vida muitas situações são vividas, umas esperadas, outras tão inesperadas que faz dos dias uma aventura.
Por um acaso, ou melhor, por uma justificativa mais aceitável a ação divina duas pessoas se encontram, e surge uma amizade, a troca de olhares é instigante, convidativa, os olhos brilham, as pernas tremem, a mão sua frio e no peito o coração bate forte, a boca então seca e saliva ao mesmo tempo. Sinais estranhos a princípio, mas que leva a pessoa que os sentem ao mais bonito, esperado e ao mesmo tempo perigoso estado, a paixão. Gostar de alguém não é simplesmente, cumprimentar, com um bom dia, é olhar nos olhos e saber o que se passa, é se deparar com um sorriso estampado no rosto aparentemente sem motivo, apenas de ver ou ainda sentir ao longe o perfume da pessoa querida. Melhor ainda, é ter essa pessoa ao lado, pegar levemente nas mãos e embarcar em uma viagem inesquecível, um abraço interminável que os levam a um sentimento tranquilo, capaz de neutralizar a guerra que acontece logo alí, ao lado. Os dias passam de vagar e ao mesmo tempo quando menos espera, já se comemora um ano juntos. Não é preciso ter uma data comemorativa. Quando se ama, não há um dia fixo para celebrar a felicidade, o amor, neste caso basta viver o momento, viver sem pensar no que passou e no que virá, mas olhar para o hoje, então a pergunta que fica é, “O que quero pra mim? Pra nós”. O ‘nós’ neste caso para muitos é apenas um detalhe, mas não, tem um grande significado, saber que existe ‘eu e você’ aquece a alma, representa a companhia, o ombro amigo, mais que isso, para que um relacionamento dê certo o companheirismo, amassos e ainda o olhar são fundamentais... uma receita que nem sempre dá certo, mas... talvez seguir o que o coração diz seja também uma boa ideia. No fundo não há uma fórmula, a relação se desenvolve aos poucos, com o andar da carruagem que também tem espinhos e pedras que precisam ser superados e desviados com a união do casal, que neste momento, precisa cada vez mais um do outro.
Em meio a toda essa tormenta que mistura sentimentos é hora de refletir sobre o que o coração tem a dizer, mas será que ele é confiável? Pode-se mesmo acreditar em algo que só te derruba? Frases como “O que os olhos não vêem o coração não sente” soa bonito, mas... Mulheres são movidas pelos sentimentos que carregam do lado esquerdo do peito, por isso, nem sempre o que se vê, o que se pensa não condiz com a realidade. Já os homens, não se sabe bem como descrevê-los, talvez, sejam guiados pela razão, ou tenham medo de sentir... Enfim, a conclusão a que se chega é que o coração engana, os sentimentos não são confiáveis, pelo menos não até que os dois cheguem a um consenso, de que sentem, querem e desejam o mesmo. A química do amor pode ser uma resposta, uma identidade para uma atração de pele, de carne... é parte do todo, mas não é tudo.
E de repente vem a descoberta, o despertar para aquilo que não se quer ouvir, para aquilo que muitas vezes a cegueira do amor trás... Não existiu, não foi nada, ou melhor, sim aconteceu, apenas para um, e aqui se fala de um casal e não apenas de um.
Mas, o que fazer? Seguir em frente, erguer a cabeça, como sempre olhar pra frente e sem medo, que aliás, devem sempre ser superados, uma luta constante, levantar, se sacudir, tirar a poeira que ficou e manter-se de pé. Esqueça, em algum momento as lágrimas secam, mesmo que involuntariamente elas molhem o rosto... tudo passa, como já dizia o poeta.
Agarre-se a Ele, entregue-se e creia que amanhã é um novo dia.

Juliana Castro
23/07/2012

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